terça-feira, 30 de abril de 2013

Dois homens doentes?


Dois homens, seriamente doentes, ocupavam o mesmo quarto em um hospital. Um deles ficava sentado em sua cama por uma hora todas as tardes para  conseguir drenar o liquido de seus pulmões. Sua cama ficava próxima da  única  janela existente no quarto. O outro homem era obrigado a ficar deitado de  bruços em sua cama por todo o tempo. Eles conversavam muito. Falavam sobre  suas mulheres e suas famílias, suas casas, seus empregos, seu  envolvimento  com o serviço militar, onde eles costumavam ir nas férias. E toda tarde  quando o homem perto da janela podia sentar-se ele passava todo o tempo  descrevendo ao seu companheiro todas as coisas que ele podia ver através  da  janela.




O homem na outra cama começou a esperar por esse período onde seu mundo  era  ampliado e animado pelas descrições do companheiro. Ele dizia que da  janela  dava pra ver um parque com um lago bem legal. Patos e cisnes brincavam na  água enquanto as crianças navegavam seus pequenos barcos. Jovens  namorados  andavam de braços dados no meio das flores e estas possuíam todas as cores  do arco-íris. Grandes e velhas arvores cheias de elegância na paisagem, e  uma fina linha podia ser vista no céu da cidade.
Quando o homem perto da  janela fazia suas descrições, ele o fazia de modo primoroso e delicado,  com  detalhes e o outro homem fechava seus olhos e imaginava a cena pitoresca.    
Uma tarde quente, o homem perto da janela descreveu que havia um desfile  na  rua e embora ele não pudesse escutar a música, ele podia ver e descrever  tudo. Dias e semanas passaram-se.
Em uma manhã a enfermeira do dia chegou  trazendo água para o banho dos dois homens mas achou um deles morto. O  homem que ficava perto da janela morreu pacificamente durante o seu sono a  noite. Ela estava entristecida e chamou os atendentes do hospital para  levarem o corpo embora.    Assim que julgou conveniente, o outro homem pediu a enfermeira que mudasse  sua cama para perto da janela.
A enfermeira ficou feliz em poder fazer esse favor para o homem e depois  de  verificar que ele estava confortável o deixou sozinho no quarto.  



Vagarosamente, pacientemente, ele se apoiou em seu cotovelo para conseguir  olhar pela primeira vez pela janela. Finalmente, ele poderia ver tudo por si mesmo. Ele se esticou ao máximo,  lutando contra a dor para poder olhar através da janela e quando conseguiu  faze-lo deparou-se com um muro todo branco. Ele então perguntou a  enfermeira  o que teria levado seu companheiro a descrever-lhe coisas tão belas, todos  os dias se pela janela só dava pra ver um muro branco?
A enfermeira  respondeu que aquele homem era cego e não poderia ver nada mesmo que  quisesse. Talvez ele só estivesse pensando em distrai-lo e alegra-lo um  pouco mais com suas historias.
Moral da historia:
Há uma tremenda alegria em fazer outras pessoas felizes, independente de  nossa situação atual. Dividir problemas e pesares é ter metade de uma  aflição, mas felicidade quando compartilhada é ter o dobro de felicidade.  

Autor desconhecido

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